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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

FISIOLOGIA DA PRESSÃO ARTERIAL

FISIOLOGIA DA PRESSÃO ARTERIAL
Profa. Dra. Josiane S. de Almeida

BULHAS CARDÍACAS
Vibrações de curta duração, que ocorrem a determinados intervalos do ciclo cardíaco, produzidas pelo impacto da corrente sangüínea nas diversas estruturas cardíacas e dos grandes vasos.Normalmente ocorrem 4 ruídos mas apenas 2 são normalmente audíveis.

PRIMEIRA BULHA
Som produzido pelo início da sístole ventricular. Apesar do principal componente do som ser valvar (fechamento da valva mitral e tricúspide), fazem parte da primeira bulha componentes atriais, musculares (contração muscular ventricular) e vasculares (abertura das valvas sigmóides).
Causado por um bloqueio súbito do fluxo reverso do sangue devido ao fechamento das valvas atrioventriculares, valva mitral e valva tricúspide, no início da contração ventricular.
Quando a pressão dos ventrículos se torna maior que a pressão nos átrios, fecha-se as valvas e
previne a regurgitação do sangue dos ventrículos de volta aos átrios.
O som S1 resulta da reverberação do sangue associada com o súbito bloqueio do fluxo reverso
pelas valvas.

SEGUNDA BULHA
Ocorre ao final da sístole ventricular, resultando das vibrações originárias do fechamento das valvas semilunares. A valva aórtica normalmente se fecha primeiro, seguida da valva pulmonar.

Áreas de Ausculta Cardíaca
Área Aórtica:
2º espaço intercostal direito, próximo à borda esternal (corresponde à artéria aorta).
Área Pulmonar: 2º espaço intercostal esquerdo, próximo à borda esternal (corresponde à artéria
pulmonar).
Área Tricúspide: 4º espaço intercostal,corresponde à base do processo xifóide, ligeiramente para a esquerda (corresponde ao ventrículo direito).
Área Mitral ou Bicúspide: sobre o ápice do coração, corresponde ao 5º espaço intercostal
(ventrículo esquerdo – ictus cordis).

Frequência cardíaca
Normal: entre 60 a 100 bpm
Taquicardia - maior que 100 bpm
Bradicardia: menor que 60 bpm

PRESSÃO ARTERIAL

Ao passar dentro das artérias o sangue encontra uma resistência (pressão), provocada pelo atrito.
Quanto mais estreita é a artéria, maior a resistência (pressão) à passagem do sangue.
A força do coração para bombear o sangue é chamada de pressão máxima, ou sistólica.
A resistência que a artéria oferece à passagem do sangue é chamada de pressão mínima, ou diastólica.

A pressão arterial depende da largura (calibre) da artéria.
Artérias com calibre normal permitem que as pressões máxima e mínima sejam também
normais.
Se o calibre da artéria se estreitar, aumenta o atrito do sangue e a pressão mínima; o
coração terá que fazer mais força para empurrar o sangue dentro da artéria, umentando a pressão máxima.

FISIOLOGIA CARDIOVASCULAR

As doenças cardiovasculares são consideradas a principal causa de mortalidade no Brasil e no mundo.
Segundo a OMS em 2002 ocorreram 16,7 milhões de óbitos, dos quais 7,2 milhões foram por doença arterial coronária e as estimativas apontam que em 2020 esse número possa se elevar a valores entre 35 e 40 milhões.
(Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo 2006;1:1-7)

REGULAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL

O fluxo sangüíneo para os tecidos é impulsionado pela diferença de pressão entre a
circulação arterial e venosa.
Pressão arterial média(Pa): é a força que o sangue exerce sobre as paredes das artérias.
Pa= DC xRPT

FISIOLOGIA CARDIOVASCULAR
Pressão Arterial = Débito Cardíaco X Resistência Vascular Per.
Função da Pressão Arterial > manter perfusão de órgãos vitais
Pressão sistólica é, isoladamente, o mais importante determinante de morbi-mortalidade.

PRESSÃO ARTERIAL
Pressão sistólica: corresponde à pressão da artéria no momento em que o sangue foi bombeado pelo coração.
Pressão diastólica:corresponde à pressão na mesma artéria, no momento em que o coração está relaxado após uma contração.
Medidas até 140 mmHg para a pressão sistólica, e 90 mmHg para a diastólica, podem ser aceitas como normais.
O local mais comum de verificação da pressão arterial é no braço, usando como ponto de ausculta a artéria braquial. O equipamento usado é o esfigmomanômetro e para auscultar os batimentos, usa-se o estetoscópio.

CENTRO NEURAL PA
Arco aórtico e seio carotídeo: mandam estímulos para que o centro vasomotor verifique o aumento da PA por aumento do volume do vaso ( aciona SNPA)

REFLEXOS CIRCULATÓRIOS
Barorreceptores (Células nervosas especializadas, localizadas no arco aórtico e nas artérias carótidas): diminui a PA - transmitem sinais ao centro vasomotor que causa vasoconstrição periférica.
Quimiorreceptor: diminui a PA, o fluxo de sg para os corpos carotídeos e aórticos decresce.

REGULAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL

Centro cardioacelerador fibras eferentes do sistema nervoso simpático freqüência da descarga no nodo SA FC velocidade de condução no nodo AS contratilidade

Centro cardioadesacelerador fibras eferentes do parassimpático fazem sinapse no nodo AS FC

FISIOLOGIA CARDIOVASCULAR X RIM

Ingestão H2O e sal
aumenta vol. sg.
aumento PA

FISIOLOGIA CARDIOVASCULAR X RIM
vol. Extracelular – aumento DC –
aumento da PA

EFEITO RENINA
Queda da PA
liberação enzima renina
angiotensina II
aumento da PA, diminuindo a
excreção de H2O e sal.

HIPERTENSÃO ARTERIAL
PA Sistólica > 140 mmHg ou PA Diastólica >
90 mmHg

EPIDEMIOLOGIA
Alta Prevalência » 25% (18-74 anos)
18-24a > 10% 65-74a > 60%
Fator de Risco: AVC, IRC, ICC
Associada a: obesidade, sedentarismo, dieta

FISIOPATOLOGIA
Embora, a causa exata para a maioria dos casos não consiga ser identificada, sabese
que a Hipertensão é uma condição multifatorial.
Alteração em um ou mais fatores que afetam a resistência periférica ou o débito cardíaco.

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